Tsar bomba
Eis aqui a mais potente arma nucelar já detonada pelo homem que, felizmente, não fez nenhuma vítima. Com o fim da Segunda Guerra e o início da Guerra Fria, a União Soviética queria provar sua supremacia bélica e desenvolveu uma bomba com 57 megatons de potência — o equivalente a todos os explosivos usados na Segunda Guerra Mundial multiplicados por dez.
A “monstra” pesava 27 toneladas, tinha 8 metros de comprimento e 2 metros de diâmetro e foi testada em 1961, mais de 15 anos após o término dos conflitos. O local escolhido para a detonação foi a ilha de Nova Zembla, no oceano Ártico, e a explosão pôde ser vista a mais de 1.000 km de distância — ou seja, é como se o clarão tivesse ocorrido em Porto Alegre e pudesse ser visto em São Paulo sem problemas.
E tem mais: a engenharia original do armamento previa 100 megatons. Porém, a ideia foi abortada, pois as consequências da catástrofe seriam enormes (só a Tsar seria responsável por 25% de toda a radiação emitida na Terra desde o início das experiências nucleares).
Para a sorte da nossa espécie, nunca mais se soube sobre a fabricação de algum artefato semelhante — à exceção de uma réplica desativada que hoje repousa, tranquilamente, no Museu de Bombas Atômicas de Sarov.